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Foi um vento de furacão”, diz ex-secretário de Ilhabela sobre tempestade no litoral

Além da trágica morte da modelo Caroline Bittencourt, que se afogou durante a tempestade, nada menos que uma dúzia de barcos foram arremessados de encontro às praias da Ilhabela, no litoral paulista, na tarde do último domingo de abril, pelo menos um deles afundou por completo, e outro, de pequeno porte, invadiu um posto de gasolina, depois de “voar” por cima da principal avenida da ilha.

As informações são do jornalista Jorge de Souza, ex-editor da revista “Náutica” e criador, entre outras, das revistas “Caminhos da Terra”, “Viagem e Turismo” e “Viaje Mais”, no Blog Histórias do Mar. Também dois navios foram arrancados do porto de São Sebastião, bem em frente à Ilhabela, e ficaram perigosamente à deriva no meio do canal que separa os dois municípios. Um tripulante morreu no episódio.

“Nunca vi nada igual”, disse o ex-secretário de turismo de Ilhabela, Ricardo Fazzini, nascido e criado na ilha, dono de uma escuna que também foi parar na praia, depois de ter os cabos arrebentados. “Já retiramos 300 árvores caídas, só na parte urbanizada da ilha. Foi muito
violento e sem precedentes na história da ilha”.

Em Ilhabela, os ventos de domingo à tarde chegaram a 127 km/h, o que supera a categoria de uma simples tempestade. “Acima de 119 km/h, o vento já é igual ao de um furacão grau 1, e foi isso que passou pela ilha”, diz Fazzini.

O que contribuiu para que o vendaval fosse ainda mais violento no canal de Ilhabela do que em qualquer outra parte do litoral paulista foi a própria topografia da ilha, que tem picos que passam dos 1.300 metros de altura e próximos dos maciços da Serra do Mar.
“As altas montanhas de Ilhabela canalizam os ventos e potencializam a intensidade deles no canal, que, por ser estreito, vira uma espécie de funil”, explica Marcos Möller, dono da principal marina da ilha, a Porto Ilhabela.
“É por isso que Ilhabela é considerada a Capital da Vela. Aqui, sempre tem mais vento do que nas outras partes do litoral. Só que, neste caso, houve vento demais “, explica.

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