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Marcas japonesas buscam desenvolver motores marítimos alimentados por hidrogênio

A Cie. Maritime Belge construiu a primeira embarcação comercial que navega à base de hidrogênio e não polui, levando o mundo a dar mais um passo em direção ao transporte de cargas sem emissões.

A Kawasaki Heavy Industries, a Yanmar Power Technology Co e a Japão Engine Corporation anunciaram que formaram um consórcio de fabricantes de motores japoneses para desenvolver motores marítimos alimentados por hidrogênio, específicos para embarcações oceânicas e costeiras. O objetivo, além de proporcionar energia limpa, é estabelecer uma posição de liderança mundial em tecnologias de motores a hidrogênio.

A esperança é de que os motores marítimos façam a transição para vários combustíveis alternativos nos próximos anos. Entre as muitas alternativas, o hidrogênio está atraindo interesse global por sua aplicação em uma ampla gama de setores industriais de energia e mobilidade como um combustível que oferece emissões zero.

A Kawasaki desenvolverá motores de 4 tempos de média velocidade, a Yanmar se concentrará em motores de 4 tempos de média e alta velocidade e a Japan Engine Corporation embarcará no desenvolvimento de motores de 2 tempos de baixa velocidade. Todas devem aprimorar a linha de produtos de motores de propulsão e auxiliares (geradores) para uma ampla variedade de embarcações. Além disso, um sistema de armazenamento e abastecimento de hidrogênio combustível será desenvolvido como parte do sistema integrado de hidrogênio combustível.

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A Cie. Maritime Belge construiu a primeira embarcação comercial que navega à base de hidrogênio e não polui, levando o mundo a dar mais um passo em direção ao transporte de cargas sem emissões.

A embarcação de transporte de passageiros Hydroville é capaz de operar com hidrogênio comprimido ou óleo combustível comum, segundo a empresa belga. A embarcação foi certificada recentemente para operar como navio marítimo pela Lloyd’s Register.
“O potencial do hidrogênio em todo o mundo é enorme”, disse Alexander Saverys, CEO da CMB, que tem sede em Antuérpia. “A explosão das energias renováveis oferece uma oportunidade real de produção de hidrogênio barato.”

“Há um compromisso muito forte para descarbonizar o transporte marítimo por parte de países poderosos como China, Japão e um grupo de nações europeias”, disse Tristan Smith, professor do instituto de energia da University College London e ex-arquiteto naval. “O hidrogênio é uma das formas mais econômicas de fazer isso. Está comprovado, funciona no sistema de energia e sua combustão é fácil de realizar nos navios.”

Outros meios de transporte pendem para as baterias, como os carros e caminhões elétricos, mas elas não são uma opção para o transporte marítimo de cargas, que consome muita energia.
“Nem com a maior bateria do mundo conseguiríamos navegar um dia inteiro”, disse Roy Campe, gerente de pesquisa e desenvolvimento da CMB. “Nossas viagens geralmente levam duas ou três semanas.”

A conversão de um navio para a queima de hidrogênio é uma adaptação relativamente simples, segundo Campe. A empresa investiu “menos de 10 milhões de dólares” para desenvolver a tecnologia e estima que a conversão custaria cerca de US$ 20 milhões em uma embarcação de carga pequena.

Mais baratas

O objetivo de longo prazo da CMB é fabricar um navio sem emissões e mais barato de operar do que as embarcações comuns. Saverys estima que o custo do hidrogênio cairá à medida que as energias renováveis se multiplicarem e acredita que isso permitiria reduzir pela metade o custo do combustível de navio em cerca de uma década.

A CMB atualmente recebe hidrogênio da indústria química, mas futuramente preferirá conseguir o elemento por meio de eletrólise alimentada por energias renováveis. Atualmente, a produção do elemento a partir de uma combinação de energias renováveis e de rede na Alemanha custa cerca de 19 euros por milhão de unidades térmicas britânicas, uma métrica usada para medir gás, estima a Bloomberg New Energy Finance.

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