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Há 38 anos, Jacques Cousteau fazia primeiras imagens subaquáticas do boto-cor-de- rosa na Amazônia

Jacques Cousteau, na ocasião disse:” Hoje o mundo está ciente sobre guerras nucleares, mas essa irá desaparecer. A guerra do futuro será entre aqueles que defendem a Natureza e aqueles que a destroem”.

Um dos inventores do aqualung, o equipamento que dá autonomia ao mergulhador, o francês levou ao mundo imagens antes pouco conhecidas das riquezas naturais. Em 1982, viajou ao Brasil para conhecer a Amazônia. Foi quem primeiro filmou, debaixo d’água, o boto-rosa.

Se há um legítimo ‘descobridor dos sete mares’, este é Jacques-Yves Cousteau. Militar, oceanógrafo e explorador francês (1910-1997), Cousteau foi o pioneiro na descoberta dos recursos do fundo do mar, o primeiro a observar e estudar aquilo que havia debaixo do espelho d’água.

Além disso, Cousteau desenvolveu veículos subaquáticos e, juntamente com o engenheiro Émile Cagnan, inventou o Aqualung – cilindro portátil de ar comprimido. O explorador francês também criou a câmara de TV submarina e o escafandro autônomo.

Inúmeros filmes registram suas viagens a bordo do barco Calypso, do qual se tornou comandante em 1950, como a série ‘O Mundo Submarino de Jacques Cousteau’.

Ele fez vários documentários e ganhou o Oscar pelo ‘O Mundo do Silêncio’ (1955), co-dirigido pelo cineasta Louis Malle e filmado no Mediterrâneo e no Mar Vermelho. O longa também venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes.

Jacques Cousteau esteve estudando o rio Amazonas, registrando os períodos de cheias e secas. Esta expedição está documentada e até hoje é vendida em livrarias.

​Jacques Cousteau, (1910-1997) decidiu, em 1936, estudar a Amazónia para se certificar se era o pulmão do mundo ou eram os plânctons dos Oceanos.

Sua aventura como explorador começou em 1950, ao reformar um barco de 43 metros, da II Guerra Mundial que baptizou de “Calypso”, navio-laboratório, colocando-o nas missões científicas em viagens específicas pelos oceanos e bacias hidrográficas do mundo, quando passou a dirigir o Instituto Oceanográfico de Mónaco em 1957, e em 1959, desenvolveu grandes campanhas em prol da preservação dos Oceanos.

Em junho de 1982, aportou em Belém do Pará, ponto inicial da viagem de estudo na região. A jornada compunha-se de várias embarcações:como hidroavião, helicópteros e três caminhões, um deles, anfíbio. Subiu o rio, percorreu em 18 meses 6,2 mil quilómetros entre a foz do Rio Amazonas e sua nascente nos Andes, no Peru, na exploração da maior floresta tropical do planeta.

Viajou por terra, água e ar para conhecer pormenorizadamente o território. Curiosamente, percorreu idêntico trecho do português Pedro Teixeira, após 345 anos da viagem pioneira que demarcou nos dois sentidos, toda a extensão do maior rio do mundo para Portugal.

Jacques Cousteau, na ocasião disse:” Hoje o mundo está ciente sobre guerras nucleares, mas essa irá desaparecer. A guerra do futuro será entre aqueles que defendem a Natureza e aqueles que a destroem. A Amazónia estará no topo das discussões: cientistas, políticos e artistas irão vir aqui para ver o que está sendo feito pela floresta”.

Pescou piranha, surpreendeu-se com a variedade de plantas medicinais e a sua utilização na medicina popular; acompanhou a extracção do látex, e produção da farinha de mandioca. Assistiu a focagem do jacaré, nadou com os botos, e entusiasmado com a cor avermelhada, baptizou-os de “golfinhos cor-de-rosa”.

Sobre o ‘Encontro das Águas’, esclareceu: os rios Solimões e o Negro não se misturam ,nos seus primeiros quilômetros, por terem temperaturas diferenciadas, 22ºC e 28ºC.

Jacques Cousteau, ao morrer deixou um legado de informações sobre a Amazónia, que pode ser constatado na literatura, história, etnologia, geografia, pintura e cinema.

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